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domingo, 3 de agosto de 2014

...Mais uma vez...

... Mais uma vez... As horas cruas, líquidas. O olhar opaco. Cigarro que queima nos dedos. Suave perfume, morangos do mato. Sinos cálidos... sereias afonicas Os olhos do Dragão, - mais uma vez - Se abrem. °Dark Anjos

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

...Anjo...

Atrás do soprilho,
O meu amor ele ganhou.
O rubro sangue percorre suas asas.
Na escuridão brilhou...


...Brilhou intensamente,
A bruxa do destino,
Com um leve tocar d'um sino
Saiu um anjo do seu ventre.


Abriu os olhos...
Não consigo mais lembrar!
Envenenou meu peito
Destruiu meu coração,
E me fez chorar...


-Maldito anjo,
Vai mesmo me abandonar?
Por que você se foi?
Não consigo mais respirar...


-Maldito anjo!
O meu amor acabou.
E agora parou o tempo,
Com a brisa amena, com o vento.


Fechou seus olhos,
Não consigo mais suportar,
Apunhalou o meu peito,
Destruiu meu coração e me fez chorar.


Ficou ciciando, e...
...Se foi com o nada.
Pra escuridão você vai voltar?
Maldito anjo...

° Dark Anjos

domingo, 11 de setembro de 2011

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Do meu Palácio eu vejo...
Camponeses felizes,
O cintilar do sol no lago.
Aquele olhar maravilhoso,
Eu vejo.


Lábios doce de mel
Pele macia, um veludo.
Com apenas um simples pulo,
Pretendo alcançar o céu.


Do meu Palácio eu vejo...
Estrelas cadentes, nebulosas.
A sinergia poderosa,
Guia todos para o Norte.
Ao raiar da lua cheia,
Tudo aquilo se acabou.


A alegria tornou-se Negra
No soprar da brisa amena,
A sobra fria me olhou...


E no seu olhar eu vejo...
E no céu agora a beijo,
Minha asa agora é roto.


Agora a sobra se esvaiu.
Já não tenho um só desejo,
Na escuridão tudo sumiu.
Do meu Palácio ainda a vejo...


...Noite passada sonhei,
que não existe esperança...


° Dark Anjos

sábado, 27 de agosto de 2011

...Solitude...

Da campa voa a Bruxa solitária,
Alma sofrida... Chora as gotas do orvalho.
Shinigami que limpa o mortuário
Para ceifar mais uma alma.


A eivar com sua maldade
-Ódio, dor, proibição-
Quer quebrar a maldição,
Mas não consegue... É só vontade!


O triste Réquiem toma o Souto,
De uma socava levanta um morto
Pronta a esvaecer na castelada.


Perdeu suas asas, suspirou...
Com encauma, para sempre repousou,
Nessa prisão soturna... Abandonada!


                                           ° Dark Anjos

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dominique Mercy

Olá loucos leitores, depois de muito tempo, retorno ao início, e trago comigo um novo ânimo. Durante todo esse tempo que não postei nada, fiz uma enorme correria com os espetáculos e afins, por tal motivo não foi possível postar nada. Porém pesquisei muitas coisas, e dentre elas foi me surgindo um personagem pra lá de 'notável' no meio artístico. Um bailarino muito bom, que me fez enamorar a dança expressionista como nunca pensei que poderia alguém amar...
Nessa postagem é importante dar uma olhada nos vídeos para ter uma melhor compreensão da minha fascinação. Vale muito a pena! rs

Então, sem mais devaneios, mãos à massa!


Nasceu em 1950 em Mauzac na Dordogne. Desde pequeno tinha vontade de se expressar dançando, de usar muito gestos e movimentos corporais que, de certa forma, traduziam seus sentimentos e pensamentos. Sua mãe então, pencebendo um enorme talento dicidiu matricula-lo na escola de ballet de Madame Dupradeau nos subúrbios de Bordeaux.

O estúdio da madame Dupradeau era numa casa de veraneio, numa pequena área ao lado do galinheiro. Mercy observou, já com certa ironia, ao começar as aulas, que ele era o único ‘galinho’ do lugar.

Quando tinha onze anos, Madame Dupradeau recomendou que ele continuasse sua formação em dança em outros lugares. Então ingressou como aluno no estúdio Liceu, alguns bairros dalí. A mudança não foi fácil. Apesar de um aluno modelo na sua escola infantil, Dominique tinha problemas no Liceu e queria ir embora. A solução foi finalmente encontrada. Um amigo de seus país recomendou procurar a Germaine Lalande, esposa de um diretor de teatro, que ensinava ópera no Grand Théâtre de Bordeaux. Então, após o encontro, ela permitiu que Dominique assistisse e participasse das aulas, porém ainda não estava pronto para ingressar oficialmente no elenco.

Em 1965, com apenas 15 anos de idade, ele foi convidado a integrar o conjunto de bailarino oficiais no Grand Théâtre de Bordeaux. Três anos mais tarde, 1968, foi transferido para a recém fundada “Ballet Théâtre Contemporain” em Amiens, onde os diretores Jean-Albert Cartier e Françoise Adret estavam tentando estabelecer parcerias entre dançarinos, pintores e compositores. Mercy dançou em peças de diversos coreógrafos, incluindo Adret, Félix Blaska, Jean Babilée, John Butler, Michel e Descombey Skibine George.
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Manuel Alum da “Companhia de Dança Paulo Sanasardo” em Nova York, visitou, como professor convidado, o “Ballet Théâtre Cntemporain” no exato momento em que Dominique ensaiava um de seus solos. O encontro foi decisivo. Encantado com o trabalho e talento de Mercy, Alum o convidou para ir ao EUA, onde, durante o “Festival de Verão de Saratoga” encontrou-se pela primeira vez com Pina Bausch. Ela estava apresentando sua coreogáfia “Philips 836885 DSY” e dando uma oficina de dança. Mercy, ficou encantado com essa bailarina da Alemanha, 10 anos mais velha que ele.


Ele se identificou imediatamente com seus movimentos. Tinha encontrado finalmente um tipo de dança que não era estranha para ele, um coreógrafo, cujo estilo ele não teria de aprender primeiro antes que eles pudessem trabalhar juntos. A linguagem física, através da expressão corporal de Pina Bausch era a mesma que a dele. Então para sua surpresa, em 1973 veio o convite, há muito esperado, para trabalhar com ela na Alemanha, que foi estendido também a uma promissora bailarina que compartilhava os mesmos códigos corporais expressionistas, a Malou Airaudo.


Neste mesmo ano Pina Bausch fundou o “Wuppertal Tanz Theater” ou “Dança-Teatro Wuppertal”. Pina não tinha interesse em simples variações de movimentos e idéias da dança que já era familiar, o Ballet Clássico. Ela pretendia procurar movimentos que ainda não tinham sido descobertos, possibilidades que ainda não tinham sido exploradas. Ela levou a dança ao teatro além dos limites que parecia ser possível. Os silêncios tornaram-se mais decisivos que gritos, o corpo mais determinante que o texto, a produção teatral mais real que o dia a dia.Sua matéria-prima eram as pessoas e as relações entre elas.


As vidas de seus dançarinos freqüentemente criavam situações com as quais o espectador poderia se identificar. Durante os ensaios do espetáculo “Fritz” de 1974, por exemplo, Dominique estava com uma crise de tosse que não conseguia eliminar, então ela aproveitou o acontecido e modificou quase todo o espetáculo, desenvolvendo movimentos e modificando o enredo a partir da tosse.



O que chamou mais a atenção de Dominique foi o fato de que, no Wuppertal, todos trabalhavam em cada projeto em conjunto, desenvolvendo seus próprios passos e identidades corporais distintas, e não simplesmente aprendendo passos do coreógrafo, neste caso a Pina Bausch. Isto criou uma nova liberdade, envolvendo os dançarinos desde o início do projeto até sua conclusão, coisa que não tinha vivenciado em suas escolas de ballet anteriores.

Dominique compartilha com Pina Bausch o princípio de que, as coisas que ainda não se tornaram arte são mais importantes do que as coisas que já são arte. Assim mesmo uma tosse como no caso de Fritz, poderia tornar-se o assunto principal. A inclusão então de elementos era tratada sem pretensão. Eles trabalhavam com o que estava ali, criando outras possibilidades e sem seguir o padrão de uma agenda.


Mercy deixou o Wuppertal duas vezes, fundando sua própria companhia com Airaudo. No período que esteve ‘fora’ dançou com Carolyne Carlson na Ópera de Páris, nas produções “Vento-Água-Areia” e “Os Arquitetos”. E em algumas peças de Peter Goss. Estranhamente, as duas vezes que ele deixou o Wuppertal foram quando realizou trabalhos magníficos, muito satisfatórios para si como bailarino. A primeira vez em “Orpheo e Eurídice” em 1975.




Anunciou que sua saída seria definitiva após a finalização do próximo trabalho que foi “Ele toma-a pela mão e leva-a para o castelo, os outros seguem” em 1978.
Embora ele já havia anunciado sua partida, para sua surpresa, ele foi escolhido para Café Müller, estreado apenas um mês depois. Pina Bausch não escondeu que ficou chateada com a despedida de Dominique após Café Müller, mas não tentou interferir, daixando-o então a manter a decisão que tinha tomado.




Ele continuou a observar o trabalho do Wuppertal mas agora como espectador. Essa distância foi muito importante para o jovem dançarino, a fim de encontrar o seu próprio lugar nesse trabalho intensivo de que gostava.

Assistindo a um dos trabalhos do Wuppertal, Dominique pergunta a Pina Bausch, se as experiências dos dançarinos e suas próprias vidas era algo que poderia se relacionar inteiramente. “Não poder ser feito de outra maneira do que através de sua experiencia. Você deve fazer o que faz aí usando seu próprio discernimento, fazer algum sentido através de sua própria sensibilidade”, respondeu Pina sorrindo. Dominique ao perguntar isso, demonstrou a Pina que estava em um pequeno conflito interior, como aquela bolhinha chata no calcanhar, que não é o pior das coisas mas sempre diz “não esqueça que estou aqui”.




Mesmo não fazendo mais parte do Wuppertal oficialmente, Mercy sempre fazia algumas pequenas participações nos trabalhos do grupo, e esse estado de conflito interior sempre está presente em seus movimentos.

Seu palhaço em “Dois Cigarros no escuro” não é simplesmente uma figura cômica, é um encontro com um ser humano em sofrimento total. Seus solos são quase sempre uma corda bamba, ambivalente. Ele acredita fortemente em figuras com uma qualidade, e um defeito de igual tamanho senão maior e, acima de tudo, adora personagens que se travestem: “Eu gosto deles: você pode ser você mesmo e ainda outra pessoa. Algo a dizer com um vestido é diferente de dizer isso vestindo uma camisa e calças.”. Sua especialidade é “gajo triste” como ele mesmo diz, e personagens exêntricos, perturbadores etc...


Ele está sempre disposto a encontrar novas maneiras de se chegar a um valor, ou seja, de demonstrar sentimentos básicos através de outros caminhos não usuais e, assim, alcançar um deslocamento da realidade como no trabalho “Danzón” de 1995.






Em “Nelken” (cravos) de 1982, ele repreende o público com uma enxurrada implacável de ‘verdades’, perguntando se tudo que eles realmente querem ver são desmonstrações de virtuosíssima tecnica, que ele então, de fato, oferece impecávelmente durante seu discurso. O Olhar então é dirigido desde o Superficial ao Essencial e não nos deixa dúvidas de que ele, certamente, poderia fazer o que tem-se recusado desde criança que é utilizar a “Dança Comum”, se quisesse.


Dominique Mercy é ideal para o “Wuppertal Tanz Theater” porque ele é capaz, como a própria Pina diz, de “dançar com a alma através de seu corpo e, simultaneamente, executar os movimentos com muito vigor e máxima precisão.”.

Desta forma ele cresceu para ser um dos solistas mais importantes em um conjunto inteiramente composto por bailarinos solo. O repertório de personagens que ele criou é muito amplo, desde personagens, apaixonadas, com o amor suprimido (platonico), papéis mudos, homens velhos e bailarinos brilhantes.





Apesar de estar participando com uma fraquencia maior no Wuppertal, e tendo, como sempre, enorme sucesso, ele tem várias interrupções com os trabalhos do companhia. Não era que ele não valorizava trabalhar com um grupo grande, e com o que teve maiores aproximações, mas as vezes é importante ter tempo para sí mesmo. Pina Bausch sempre entendeu as necessidades de seus dançarinos para tais “períodos de descanço”. Mercy também assumiu um emprego de professor na “Academia de Folkwang”, em Essen, no final da década de 1980. Isso foi também uma oportunidade para ele de conseguir alguma distância. Quando Pina Bausch lhe ofereceu o cargo de assistente do Wuppertal, ele recusou a tarefa. Ele ainda queria dançar, e ser, ao mesmo tempo, bailarino e assistente, seria muito para ele.

Na França foi feito “Chevalier des arts et des lettres” em 2001 por suas realizações. Um ano depois, ele foi agraciado com o Prêmio Bessie em Nova York. Em 2003 Regis Obadia fez o “Filme-retrato Dominique Mercy danse Pina Bausch”. Perguntado em uma entrevista, no mesmo ano, o que ele mais temia, ele disse: “Eu não quero dizer a morte, porque eu não sei o que é. É mais medo da perda, a perda das pessoas queridas. No geral eu temo uma perda que seja difícil de superar. Tenho medo da partida, talvés não tanto a minha...”


Seis anos mais tarde essa situação ocorreu. Quando, em 30 de junho de 2009, ele recebeu a notícia da morte de Pina Bausch, ele emudeceu. Ao mesmo tempo, ele sentiu como sendo sua, a responsabilidade de continuar seu trabalho. Ele sabia que isso dificilmente poderia ser feito sozinho. Assim, ele assumiu a direção artística da empresa, juntamente com Robert Sturm, diretor assistente de Pina Bausch. Ambos perceberam que essa tarefa só poderia ser realizado através da responsabilidade coletiva de todos os dançarinos. Pina Bausch não podia ser substituída, e seu espírito continuaria presente em todos aqueles que trabalharam com ela, alguns deles durante décadas. Esta era única maneira desta obra, que Pina iniciou, e que revolucionou a dança em todo o mundo, revelando os sentimentos mais interiores de seus dançarinos como nenhum outro, poder ser mantida viva.




E assim termina esta postagem. Espero que tenham gostado.
Muito obrigado.


Observações Importantes:


          1- Todo conteúdo foi retirado site oficial da Pina no Wuppertal Tanz Theater - www.pina-bausch.de/ e do Wikipédia - http://fr.wikipedia.org/wiki/Dominique_Mercy ; e os vídeos estão à vontade no youtube, (são, quase todos, partes do documentário de Régis Obadia). As informações da postagem não só podem, como realmente contem divergências comparadas ao original. Peço que me desculpem, mas tentei passar o que entendi com a maior fidelidade possível. Lembrando que a barra de pesquisa, fica disponível para os que quiserem algo mais.


          2- Se você detiver algum tipo de direito sobre os vídeos apresentados, por favor, me comunique para que possa retirá-los do ar o mais rápido possível.


          3- E novamente peço a gentileza de apontarem, se encontrados, erros de português, de digitação, de informação e etc... Para que possamos deixar o blog legal para todos que queiram pesquisar, ler coisas, participar das postagens também por que não.

domingo, 21 de agosto de 2011

...Sirena...



Aqueles lábios rubros tremulando.
Ondas, trovões... A brisa pura,
Um enorme sentimento me assegura,
Algum ser êufono ciciando.


Nessa imensidão me sinto vil
-Verme pútrido, inerente-
Aos afagos aos presentes,
Que me dera e se esvaiu.


Agora minha alma evanescente.
Sou incalto, sou doente.
...A voz novamente me chamou.


Teus olhos de anis, lacuna plena,
Foi meu amor, foi minha Sirena,
Que num piscar me afogou...



                             ° Dark Anjos


segunda-feira, 6 de abril de 2009

A mulher no Teatro

Boa tarde loucos leitores!
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Primeiramente agradeço à todos que visitaram meu blog, aos que opinaram, aos que selecionaram a opção "Eu Grito" (Que está abaixo das opiniões), e peço a gentileza, para quem o fez, continuar fazendo; e quem não o fez, que faça; pois assim tenho como saber o que estão achando do blog e, melhorá-lo cada vez mais. Conto com a ajuda de vocês para tornar esse blog uma grande fonte de pesquisa, para estudantes de qualquer tipo de arte, principalmente teatro.

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Bom, depois que coloquei a primeira postagem, eu falei ao meu orientador teatral: "Tio (Assim que o chamo), eu montei um blog e a primeira postagem foi sobre a origem do teatro. Dá uma olhada lá e me diz o que achou". Ele respondeu: - "Que bom! Então me diz quando que a mulher entrou no teatro?" Fiz dois infinitos segundos de silêncio. Não teve jeito pesquei Bagre rsrs. Só depois que me veio à cabeça "Peraí, eu pesquisei só até Tespis, então, porque não pesquisar um pouco sobre isto...?" E cá estou eu com o Bagre. Então, sem mais delongas...tenha uma excelente leitura:
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Mulher no Teatro
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O papel da mulher na vida cotidiana grega estava restrito a ser mãe e esposa, cuidando sempre dos filhos, pai e marido. Ela nascia como propriedade do pai, passando depois a ser uma posse do marido e, por último, de seus filhos. Ela não podia sair de casa, nem para estudar. Todas meninas eram educadas em casa, pelas próprias mães, para que se tornassem boas esposas e donas de casa.
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Quanto à atuação, algumas evidências excluindo a participação da mulher na cena teatral são facilmente encontradas, tendo sido as personagens femininas representadas por homens travestidos.
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Isso se deu por muito tempo até a chegada do Cristianismo, que caracterizou as representações teatrais como pagãs, simplesmente pelo fato de que os atores da época representavam deuses e outros seres míticos. Por tamanha pressão da igreja, o teatro já não encontrava mais patrocinadores, e pelo fato de ser extremamente caro se produzir encenações, o teatro acabou por se extinguir.
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O renascimento do teatro se deu, paradoxalmente, através da própria igreja, na era medieval, que viu no teatro, uma forma de propagar as ordens de sua seita. Representando histórias bíblicas, como a ressurreição de Cristo etc. Porém essas representações da igreja eram apenas feitas por padres e monges.
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A partir da metade do século XV, com o surgimento de algumas trupes teatrais que se agregavam aos domínios de nobres e reis, surge o chamado “Teatro Elisabetano ou Isabelino”. O teatro desta época é chamado “Elisabetano ou Isabelino” pois a maior parte da sua existência corresponde ao reinado da rainha Elisabeth I, que se estende de 1158 a 1603.
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Os atores – ainda com a participação exclusiva de atores homens – eram empregados pela nobreza e por membros da realeza. O Próprio Shakespeare, assim como Richard Burbage (Imagem ao lado), era empregado pelo Lord Chamberlain. Mais tarde os dois foram empregados pelo próprio rei.
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Há especulações sobre as convicções religiosas, e sobre a autoria das peças de Shakespeare, dizendo que na realidade ele pode nunca ter existido, isto é, talvez suas obras tenham sido compostas por outras pessoas. Essa última especulação é extensa e tem diversas suposições, desde a de que esses autores assinavam como William Shakespeare, escondendo sua identidade, até a de que William Shakespeare foi provavelmente um ator passando-se como o autor das obras, que na verdade eram compostas por outros dramaturgos. Especula-se também que as peças Hamlet e Otelo sejam de autoria de Richard Burbage. Mas como dito: “são apenas especulações”.
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Bom, voltando ao assunto (rsrs)...
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Na Espanha, atores profissionais trabalhavam por conta própria, sendo empresariados pelos chamados “Autores de Comédia”. Anualmente, as companhias realizavam festivais religiosos, e sobretudo no século XVII, as representações nas cortes espanholas encontravam-se fortemente influenciadas pelas encenações italianas.
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Foi mais notadamente na Itália que o teatro renascentista rompeu as tradições do teatro medieval e religioso. Houve uma verdadeira recriação das estruturas teatrais na Itália, através das representações da chamada “Commedia Dell’Arte”, que trazia um pouco da pantomima, do ridículo etc. Porém, a diferença estava nos trajes carnavalescos, nos temas abordados, na alegria e euforia que dominavam os palcos do século XVI. Os reis e rainhas não tinham mais o seu próprio menestrel, pois preferiam se dirigir aos simples teatros com toda a pompa de uma majestade para assistir junto com os seus súditos às engraçadas peças teatrais que buscavam abordar os temas mais surpreendentes. Esse gênero pedia muitíssimo de seu intérprete, pois esse tinha que seguir a risca o roteiro, porém, preocupando-se com o público, que pagava o ingresso somente para rir. Caso percebesse que o público não estava achando engraçado o roteiro original, podia improvisar caso tivesse alguma idéia realmente engraçada.
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Devido às muitas viagens que as pequenas companhias de Commedia Dell’Arte faziam por toda a Europa, este gênero teatral exerceu grande influência sobre o teatro realizado em outras nações. Um dos aspectos marcantes nesse teatro foi a utilização de mulheres nas representações, fato que passou a se estender para outros países.
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Na Inglaterra e na França, foi a partir do século XVII que as mulheres passaram a fazer parte das atuações. Na França, uma das atrizes que outrora havia sido integrante do grupo de Molière passou a fazer parte do elenco das peças de Racine, essa atriz foi: Therese Du Parc (conhecida depois como La Champmesle). Du Parc foi a atriz que primeiro interpretou o papel principal de Freda, da obra de Racine, tornando-se então uma das principais atrizes da chamada “Commedie-Française”.

Assim acaba essa postagem. E informo que as postagens são um resumo da pesquisa feita e com o meu escasso entendimento da mesma. Podem pesquisar mais profundamente nas barras de pesuisa. Se por ventura identificarem alguma informação incorreta e etc, peço por favor que me mandem um e-mail para que eu altere a mesma para a forma correta ok?
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Então até a próxima, neste mesmo horário, neste mesmo blog (rsrs).
Tenha uma excelente semana louco leitor.

sexta-feira, 27 de março de 2009

A origem do Teatro

Olá atores, diretores, pesquisadores, estudantes e etc, de teatro, literatura, filosofia e artes em geral.
Sou estudante de artes cênicas, escritor amador, desenhista amador (Tudo amador rsrsrs) e estou aprendendo muita coisa interessante, então quero dividir com vocês as minhas experiências, opiniões sobre assuntos variados, conhecimentos e tudo mais que a loucura me soprar aos ouvidos. (Toda sugestão de post será super bem recebida).
"Inaugurando" este blog, trago alguma coisa "bem resumida" sobre a origem do teatro, e peço a gentileza de me contatarem por e-mail, se por ventura encontrarem alguma informação incorreta ou algo do gênero, para que eu possa fazer a correção. Ainda estou aprendendo e vou me esforçar muito para aprender cada vez mais e, compartilhar esse conhecimento com pessoas do meio. Conto com a ajuda de vocês para isso ok? rsrs

Eita, já falei de mais, então boa leitura.



A origem do Teatro




O teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. Era preciso se adequar às novas coisas que surgiam e por tal motivo o homem tinha de se adaptar, como era primitivo, passou a ser caçador e selvagem, tinha que dominar a natureza, antes que a mesma o dominasse, tanto para não morrer de fome, quanto para não ser a caça do dia. E foi através dessas necessidades de adaptação do homem que surgem as artes, como desenho e pintura, e o teatro, mas na sua forma mais primitiva.
Os homens das cavernas faziam lindas pinturas nas suas cavernas e grandes rochedos, representando animais e pessoas da época, sempre com cenas de caças e lutas, pois até então não existia nada que fosse além disso: Caçar pra comer, e fugir pra não ser devorado.

Faziam também esculturas, e ferramentas em madeira, osso e pedras, que os ajudava a caçar, servindo para cortar cipós, couro, abrir frutos etc.

Com o passar do tempo, e por motivo de sobrevivência, alguns homens das cavernas começam a se agrupar, e a partir daí, eles começam a pensar como um todo e trocar os escassos conhecimentos que possuiam. Passaram a homenagiar os membros do grupo após a morte, por todo conhecimento que adquiriram com eles, fazendo certos movimentos contínuos, formando danças dramáticas coletivas, que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de rito de celebração, agradecimento ou como principal motivo perda. Surgindo a partir daí o que conhecemos como “Teatro Primitivo”.


Essas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais “sagrados” na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começam a evoluir, e com isso surgem danças miméticas (compostas por mímica e música).



Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos ritos tornan-se grandes rituais formalizados e baseados em mitos. Cada mito conta como uma realidade veio e existir. Esses rituais propagavam as tradições e serviam para o divertimento e honra dos nobres.

A cultura na Grécia antiga era restrita à louvação dos deuses, em festas e cultos religiosos, de forma que, as pessoas reuniam-se para aclamar aos deuses, agradecê-los ou fazer oferendas. Surgindo assim o “Ditirambo” que consistia numa ode entusiástica e exuberante dirigida ao deus Dioniso (Deus do vinho e da folia - imagem ao lado), dançada e representada por um coro de 50 homens vestidos de Sátiro (meio homem, meio bode, uma espécie de servo de Dioniso). Os "Sátiros" tocavam tambores, liras e flautas e iam cantando à medida que dançavam em volta de uma esfinge de Dioniso. Também se acredita que haveria o sacrifício de um animal, provavelmente de um bode. Mais tarde o “Ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e por corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados ao Deus.



A grande inovação deu-se quando um homem a quem chamavam de Tespis de Icária, que era conhecido por sua habilidade em imitar os outros, vestiu uma túnica, colocou uma máscara (Tespis desenvolveu o uso das máscaras, pois, em razão do grande número de pessoas para quem representava, era impossível que todos escutassem os relatos e a interpretação, então podiam visualizar os sentimentos da representação pelas máscaras), subiu em uma carroça e, impondo-se dramaticamente, expressou: “Eu sou Dioniso, o Deus da Alegria”, podendo-se então considerar Tespis de Icária o primeiro ator Grego. Pelo sucesso que Tespis fez ao divertir o público com suas imitações, começaram a ser construídas apresentações mais detalhadas, com mais personagens e com uma trama mais envolvente, surgindo assim a “Tragédia Grega”. As Tragédias foram escritas por homens que marcaram seus nomes na história de toda humanidade, sendo os princípais:
Eurípedes (480 a.C. – 406 a.C.): Autor de tragédias como “Medéia” e “As troianas”.


Ésquilo (525 a.C – 456 a.C.): Autor de tragédias como “Prometeu Acorrentado” e “Os persas”.


Sófocles (496 a.C. – 406 a.C.): Autor de tragédias como “Antígona”, “Édipo Rei” e “Electra”.
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A arte cênica passou a ser uma forma de ritual, onde quem encenava pretendia passar uma informação de grande necessidade para o público, com um trabalho corporal, com voz e interpretação, alcançando então o efeito de “catarse”. Segundo Aristóteles, a catarse faz com que as emoções do intérprete sejam liberadas numa construção fictícia.
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Simplificando a opinião de Aristóteles: A catarse é a purificação da alma através da identificação. Por exemplo: Ao assistir uma peça teatral, uma novela, você se envolve com a trama, com as personagens de tal forma, que faz com que você sinta as mesmas emoções deles (Empatia), sem ter que realmente viver essas emoções, tanto de raiva, quanto de tristeza, alegria, medo, compaixão etc. Por compartilhar essas emoções, a alma do espectador se purifica emocionalmente, como em uma terapia, pois extravasou o que estava adormecido e/ou desconhecido.
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Para Aristóteles, o teatro só acontece quando o ator entra em contato com o espectador, vivendo assim uma experiência onde ambos encontram-se envolvidos.
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Assim finalizo este primeiro post da Treva, poesia e algo mais... espero que tenha gostado (Se gostou, divulge e volte mais vezes; se não gostou, divulge e volte também, tenha certeza que os próximos posts serão melhores).
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Até a próxima então, muito obrigado pela visita.
Bom fim de semana!